Sunday, November 19, 2006

Coisas da revista jornaleira de domingos


foto googlada






Esta borboleta (pelo menos penso eu) de nome maculinea alcon tem uma história engraçada (cof cof!) de sobrevivência:

Por baixo do manto branco, abrigados dos 4 ou 5 graus negativos que dominam o céu de breu, dezenas de ninhos de formigas albergam centenas de lagartas da Maculinea. No ninho as lagartas do lepidóptero são tidas como larvas de formiga. Neste passe de magia quem ganha é a borboleta. Bem se pode dizer que estamos perante uma borboleta-cuco, pois a técnica empregue para distrair o animal parasitado é semelhante. No caso da ave, um ovo da espécie hospedeira é atirado para fora do ninho, sendo posto outro, que o pássaro vai criar como se fosse da sua progenitora. A borboleta possui uma estratégia semelhante, mas mais complexa: após a postura, feita em Julho e Agosto nas flores de genciana (Gentiana pneumonanthe), os ovos eclodem, dando origem a minúsculas lagartas que vão consumindo a cápsula floral durante duas ou três semanas. Após este tempo, as lagartas deixam-se cair ao solo e esperam ser adoptadas por formigas do género Myrmica, que as irão transportar ao formigueiro, pensando tratar-se de larvas de formiga perdidas. Uma vez no formigueiro, as lagartas da Maculinea vão consumindo centenas de larvas de formiga, dando em troca uma substância açucarada. Em Julho do ano seguinte ao da adopção dá-se o processo de transformação em crisálida. Uma semana depois eclode a borboleta, que rapidamente procura uma saída do formigueiro, pois a química que iludiu as formigas deixa de funcionar e rapidamente passa a ser considerada um inimigo.



# frase que não entendo:
Só conservamos o que amamos, só amamos o que percebemos e só percebemos o que nos ensinaram Baba Dioum


## quem foi Platão?

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